10 de out. de 2017

Conto erótico "Um dia de puta"

Estava fazendo um frio danado e eu já estava cansada de me deitar sozinha, me aquecer com os cobertores e dormir pensando onde ele estaria.
Já se passaram três meses e a saudade vai tomando uma proporção de comodidade imprópria aos amantes.
Ele não estava preocupado. Para ele era cômodo: ter uma namorada dedicada, que faria tudo quanto fosse possível para estar presente sempre que desse.
Mas quando ela não pudesse se fazer presente, claro que ele se consolaria de alguma outra forma…
Com os amigos, com as cachaças, as saideiras… E as putas.
É isso mesmo. Ele gosta de putas. E aí eu te pergunto? Quem não gosta?
Todo homem sente tesão pelas putas.

Como fazer com que o interesse dele por elas diminua? Tenho que ser a dama na rua e a puta na cama?
E foi assim que eu comecei a criar histórias. Primeiro elas me atormentavam, não me deixavam dormir. Deitava a cabeça no travesseiro e passava noites em claro, com aquelas imagens dele comendo as putas.
Resolvi desabafar… E do desabafo, surgiram os contos. As histórias ganharam enredo, nomes…
Era uma forma de transformar meu sentimento de revolta pela distância e pelo medo em algo palpável… Algo que eu pudesse ler, rir, usar. E um desses contos tormentosos eu mandei pra ele.
Pronto… Estava feito.
O viciado em putas, viciou-se nos contos que eu criava nos meus delírios de ciúme!
Pode ser que seja um tratamento… Pode ser que seja o fundo do poço.
Mas voltando aos fatos. Ele gosta de putas. Namorou algumas, se expôs por outras… Acabou em mim.
Tenho horror às putas. Mas não pela profissão delas, que considero bem interessante. Imagina unir duas coisas tão gostosas: dinheiro e sexo.
Mas o mundo não é só isso.
Então elas me causam terror, como podem ser tão corajosas? Como conseguem deitar com um monte de caras na mesma noite, sem se apegar a nenhum? E aquela hora do travesseiro, em que tudo que a gente quer é um cafuné?
Elas não tem coração, ou já está congelado? Acho que não tem. Se tem, deve estar guardado em alguma daquelas caixinhas de penteadeira de puta.
E em uma de minhas imaginações com elas saiu esse conto:

Um dia de puta

Hoje resolvi sair mais cedo.
Antes mesmo de acabar a novela das seis eu já estava na porta da sala, dando os últimos retoques no batom rosa chiclete, porque tá na moda essa cor…
Chequei o comprimento do vestido, ajeitei os cabelos. E saí.
Não sem antes colocar por cima do mini micro tubinho preto colado, um casaco…
Porque passar pelos vizinhos a essa hora com essa roupa, daria motivos pra dois meses de fofoca!
Resolvi sair mais cedo, porque é sexta feira, vez ou outra tem um movimento inesperado na rua…
Aqueles caras que estão doidos pra sair do trabalho, mas não querem chegar em casa… Sabe qual é? Então…
Cheguei no meu lugar de praxe… Passei no botequim do seu Chico, e como sempre, pedi pra deixar meu casaco por lá…
Homem solícito o Chico, sempre dizia que eu podia ficar por lá se por acaso um dia tivesse algum medo de voltar pra casa… Ham… Sei…
“brigada seu Chico, mas puta tem medo de nada não…”
Tava frio demais e o vestido coladinho deixava os bicos durinhos do meu peito bem a mostra… Que bom!
Eram umas 7 e meia quando apontou o primeiro carro, vindo devagar, beirando a calçada…
De longe já reconheci, era o ‘Batom’… Tô fora! Me escondi entre dois carros estacionados…
Tá achando que puta não escolhe cliente? Uma porra!
Noite fria dessa, já tem que agüentar um cara que não é ‘o’ cara e ainda com um pintinho daqueles…
Fala sério, eu tinha certeza que a noite não seria para o ‘batom’… Que tinha esse apelido na avenida por causa do tamanho miniatura de seu pinto preto… Lembrava o chocolate.
Depois que ele passou, saí do meu esconderijo e me ajeitei.
As colegas começaram a chegar… Tardava a noite.
Que merda! Noite fraca.
A chata da morena que ficava do outro lado da avenida só ficava me encarando… Já até sei. Era meu vestido. Era inveja, o meu era bem mais curto…
Me deixava bem mais gostosa… Teve uma hora que eu não aguentei…
Que que é??? Perguntei.
“Aposto que a calcinha é rasgada!” Ela disse.
“É não!” E levantei o vestido, mostrando a bunda, e um fiozinho da minha calcinha de renda vermelha, novinha e cheirosa. Enfiada na minha bunda carnuda.
Eu estava linda, gostosa mesmo… Unhas feitas, vermelhas, depilação completa em dia, toda macia. Toda lisinha… Cabelos naturais, loiros, sem mega  (que virou febre entre as putas primeiro, depois ganhou as socialites).
Eu tava de se comer várias vezes… De se lambuzar.
No meio da discussão, não reparei o carrão prata que encostava na minha calçada. Braço pra fora da janela, era a deixa. Encostei…
Joguei o cabelo pra perto do cara. Pra meu perfume entrar no carro… Atiça.
“E aí? Atrás de diversão?”
O cara era bonito… Gostoso… Opa!
Quero as duas, ele me disse, apontando pra morena chata… E já fez um sinal pra ela vir.
E lá veio a puta rebolando… Achando que ele tinha me dispensado por ela.
Repetiu a proposta. Só se for pelo dobro do preço. Fechado.
Entramos no carrão do cara.
Eu fui na frente…
Ele não estava pra papo. Pediu pra ver meus pés. Gemeu na hora que viu as unhas vermelhas.
Anda! Vai me chupando até o motel.
Eu comecei a caprichar no boquete… Ah pau cheiroso! Que coisa boa é isso.
A outra começou a lamber o pescoço dele… A passar a língua na pontinha da orelha… Ele gemia gostoso.
Chegamos no motel… Na garagem ele pediu que as duas se pegassem na escada, como se ele não estivesse ali… Tá pagando, a gente se ama! Rs
Eu comecei a beijar o ombro, fui descendo a alcinha da blusa dela, brincando com seus mamilos por cima da blusinha de seda.
Ele tava encostado no capô do carro, batendo uma de leve e assistindo a cena.
Começamos a rebolar, roçando uma na outra… Ela começou a subir meu vestido e alisar minha bunda, virando pra ele.
Eu já lambia os peitinhos dela, rosados, durinhos. Até que era gostosa a vadia chata.
Ele me agarrou, e arrastou minha calcinha pro lado, meteu na minha buceta ali mesmo, em cima do capô do seu carro.
Enquanto ele comia minha bucetinha, sugava os peitos da outra.
Subimos para o quarto, nos amassando… Esfregando o pau na minha bunda. Amassando os peitos da morena.
Eu e ela agarramos o pau dele e começamos a chupar as duas de vez.
As duas lambiam o saco… Escorregavam a língua no pinto… Eu chupava a cabecinha, enquanto ela lambia o saco e o cu dele.
Ele disse que queria o rabo das duas.
E primeiro fui eu… Fiquei de quatro numa cadeira que me deixava em posição de ser currada e deixava fácil chupar a bucetinha da morena.
Ele queria ver isso enquanto metia no meu cu.
E eu como boa puta, profissional, não nego pedido a cliente.
Eu alisava o corpo todo da vadia, enquanto lambia seu grelinho rosado, até ele inchar… Tava gostando a vadia, tava toda molhada.
Ela fez que ia gozar. Ele mandou parar.
Vem cá! Você vai gozar no meu pau piranha!
E puxou a piranha pra cama, colocando ela pra cavalgar em cima dele.
Eu sem aguentar de tesão , cheguei a minha bucetinha em cima do rosto dele, que vendo a cena, agarrou a minha bunda e se perdeu na minha vagina, meus lábios, meu grelinho.
E como chupava bem aquele filho da puta!
Ele sabia onde meter a língua, onde roçar a barba, onde mordiscar, onde friccionar… Era um sábio.
Eu gozei… Gozei muito na cara dele…ele ria.
“Que puta que goza fácil!”
Eu fui ao delírio. E ele nada… Nem parecia que ia gozar.
Ele gemia muito… Mas eu percebia que segurava o gozo. Sabia exatamente como não perder o dinheiro que tinha investido.
A morena já estava cansada de cavalgar. E ele mais uma vez, quis o cu, o dela…
Virou ela de quatro e pôs-se a foder… Eu estava deitada… Me deliciando com a cena.
A cara daquele homem, era a cara de um guerreiro… Se deliciando com um banquete após dias na guerra… Era lindo…
O corpo perfeito, de homem, nem musculoso, nem magro… Forte. O cabelo meio grisalho, num rosto tão jovem…
giphy
Ele era lindo… O vai e vem do seu corpo fudendo aquela mulher me enfeitiçou.

Quando eu dei por mim… Senti meu coração disparado.
Como assim??? O que era isso???
Levantei, peguei minhas roupas e sai… Correndo, sem olhar pra trás. Eu não me daria ao luxo de me apaixonar… Ahh não!
Deixei os dois se comendo, nem quis saber do dinheiro.
Três dias depois, cheguei na avenida, a morena mal me viu, veio conversar. Ihhh vai me zuar.
Não… chegou em mim, deu uma risadinha, tirou um envelope da bolsa, me entregou e voltou pro lado dela da avenida.
Eu abri o envelope, dentro tinha o dobro do combinado pelo programa, um número de telefone e o recado.
“Também senti seu coração”.
Depois da ligação, não voltei mais pra avenida…
texto :Roberta .

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