21 de out. de 2017

conto erótico O amante misterioso

O amante misterioso

amante - 2
Venho recebido cartas anônimas de um moço que se diz meu conhecido. No começo admito que fiquei com medo, mas com o tempo fui percebendo que aquele contato não parecia ser nenhum tipo de ameaça. E apesar de ter o maior tesão em ter um amante misterioso, resolvi manter certa distância.

No começo, as cartas ainda eram um pouquinho românticas. As palavras dele, manuscritas, demonstravam seu desejo por mim. Enquanto eu as lia, descobri que ele me conhece há anos, mas tem medo de se aproximar. Também fiquei sabendo o quanto ele me admirava enquanto mulher, e o tanto que ele queria me contar tudo aquilo.
Confesso que não tenho muita paciência para esse tipo de abordagem, mas algo naquelas palavras me atraía de forma inexplicável. A letra era impecável, cheia de atitude. Os papéis tinham um leve cheirinho de canela e incenso, cuidadosamente dobrados. Algo na forma como o percebi através daquelas cartas me fez querer conhecê-lo. Na verdade, tive vontade de me tornar um daqueles papéis. De poder ser tocada com firmeza e delicadeza. Queria que sua caneta passasse pelo meu corpo, desenhando todos os seus desejos secretos por mim.
Com o passar do tempo, meu amante misterioso foi criando coragem para se expor ainda mais. As cartas foram se tornando cada vez mais sinceras e sensuais. Como elas não chegavam em dias certinhos, havia semanas em que minha caixinha de correio ficava cheia delas, assim como períodos em que eu não recebia nada além de contas e mais contas para pagar. Porém, a distância entre uma cartinha e a outra só me deixava cada vez mais louca por ele. E pode parecer besteira mas, de alguma forma, acho que ele sabia disso.
Eu o imaginei de forma perfeita. O tipo de homem que gosto. Já me peguei fantasiando por horas, me masturbando enquanto pensava nas palavras que ele me escrevia. Desejei seus beijos enquanto puxava meus cabelos, seu corpo junto ao meu enquanto nos tornávamos um só.

Depois de gozar em cima de uma das cartinhas, pensei em escrever uma resposta a ele. Uma declaração de que a cada vez que eu abria a caixa de correios, ficava com febre só de sentir o cheiro de canela das folhas. Admiti que ainda estava um pouco temerosa com toda a situação, e se não haveria alguma forma de saber se tudo aquilo era seguro.
No mesmo dia ele me respondeu com apenas uma orientação: espere por uma ligação de sua melhor amiga. Ela vai comprovar aquilo que você já sabe: que sou um homem confiável que deseja conhecer cada pedaço de seu corpo com os lábios.
Minhas pernas estremeceram um pouquinho e fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo. Como será que ele conhece minha melhor amiga? Como garantir que ele não está fazendo mal a ela? Enfim, não consegui esperar. Assim que comecei a discar seu número, meu telefone começou a tocar. Era ela.
– Lety, que porra é essa? O que está acontecendo? Você está bem?
– Hahahahaha! Amiga, relaxa. Eu tô ótima, e sinto que em breve cê vai ficar também. Esse ‘amante misterioso’ é alguém que te conhece e te quer muito, mas tem vergonha. Ele me pediu um conselho de como se aproximar de você, e eu inventei essa brincadeirinha erótica! E antes que você diga qualquer coisa, não, não vou contar tudo e estragar a surpresa!
– Lety, é sério… precis…
– Sim! Seríssimo. Já vou te interromper aí porque acho que você está perdendo um tempo precioso! Vou te propor uma coisa: que tal um encontro hoje à noite? Ele vai até a sua casa e tocar a campainha três vezes seguidas. Coloque uma venda e abra a porta. E aí, minha querida, o resto é você quem decide.
Eu confiaria minha vida em Lety, e confesso que ela me conhece bem: minha maior fantasia é transar com uma pessoa desconhecida. Logo, não precisei render mais o papo. Agradeci à “surpresa” e pedi para que ela pedisse a ele para chegar aqui às 20h.

20h em ponto, três toques seguidos, vendas amarradas.

Assim que abri a porta, senti suas mãos agarrando minha cintura. Seus dedos me apertavam de um jeito que eu conseguia sentir o tanto que ele esperava por aquele momento. Sua respiração ficava mais intensa a cada beijo que eu recebia.

Seu cheiro era delicioso, e os cabelos macios e um pouco ondulados. Sua barba arranhava meu pescoço, seus braços eram largos e eu precisava ficar na ponta dos pés para beijá-lo. Quando ele me carregou tudo ficou mais fácil.
Encostada na parede de meu quarto, ele me colocou no chão, começou a descer devagarinho enquanto levantava meu vestido e beijava minha barriga. Assim que ele começou a tirar minha calcinha, escutei uma espécie e “risinho”. Ele sabia o quanto eu já estava molhada naquele momento.
Colocando uma de minhas pernas em seu ombro, enquanto a outra, trêmula de prazer, lutava para se apoiar no chão com firmeza, começou a me chupar de um jeito que eu nunca tinha sido chupada na vida. Ele segurava meus quadris com firmeza e me empurrava em sua direção. Consegui sentir todo o seu desejo por mim na forma em que ele se movimentava entre minhas pernas. Enquanto me fazia urrar de prazer, gemia um pouquinho também, o que me deixava ainda mais louca.
Não tinha jeito, eu estava quase gozando. Comecei a dizer que não aguentaria muito tempo em pé, que a qualquer hora poderia desmaiar de tanto tesão. Pela primeira vez, ele sorriu alto. Foi breve e misterioso, mas percebi que sua voz era grossa e um pouco rouca. Ele subiu até meus ouvidos e começou a sussurrar. Disse que não ficaria satisfeito enquanto eu não molhasse sua mão toda, e começou a me masturbar com os dedos enquanto falava todos os tipos de safadezas entre uma mordida e outra.
Assim que comecei a gozar, ele me virou para a parede e começou a beijar minha nuca. Eu conseguia escutar ele desabotoando as calças. Quando escutei o barulho da embalagem de camisinha sendo rasgada, empinei a bunda e em fração de segundos já estávamos transando freneticamente. Não satisfeito, ele me jogou na cama e fez a posição papai e mamãe parecer a melhor coisa do século. Ele metia fundo, apertava meus seios, beijava todo o meu pescoço e gemia bem baixinho.
Quando eu estava quase gozando de novo, ele me sentou em cima de seu colo sem tirar o pau de dentro de mim e, por instinto, comecei a rebolar enquanto ele puxava meus cabelos e chupava meus seios. Comecei a beijá-lo, senti sua língua quente na minha e mordi seus lábios. Ele gemia baixinho, discreto. Estava se segurando para não ser reconhecido. Estava preso em uma gaiola “invisível”.
Comecei a sentir que ia gozar, me inclinei um pouco para frente e comecei a rebolar ainda mais forte. Depois de todo o frenesi e orgasmo, percebi que havíamos gozado juntos.
Com a respiração ainda pesada, nos beijamos e ele começou a desatar o nó de minha venda. Assim que abri os olhos, soltei um riso e comecei tudo de novo.

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